sábado, 28 de dezembro de 2013

Bom Natal! Boas Festas! Bom 2014!

Este ano fiz azevias. Não são doces da nossa terra, mas desde que provei as da D. Julieta que me lembro delas no Natal. Sou pouco gulosa, nesta altura, sou...

O dia não foi mais especial que noutros almoços de família. Esta foi a análise profunda que a mais pequena cá de casa fez ao final do 25. "Nem parecia Natal, mãe!". Sorri. Vai levar anos a entender este meu sorriso, mas tinha pensado o mesmo meia-hora antes, entre pratos para lavar, na cozinha. O facto de não haver grande diferença, permite-me achar que tenho o privilégio de ter a família comigo, perto. No Natal trocamos umas prendas, poucas porque gostamos de manter ideias claras e costumes mais realistas, dos antigos. Também fazemos uns doces diferentes e damo-nos o direito de nos empanturrarmos com eles...esta é a verdadeira diferença do Natal. Também são feitos 3 ou 4 telefonemas a dizer que nos lembrámos. E pronto. E é bom que seja o natural.

Não me deixei desiludir com o comentário perspicaz e partilhei a minha ideia sobre o assunto. Tive um sorriso de volta e um pedido: "não voltes a fazer o bolo-rei!". Tenho de arranjar uma receita mais... de bolo rei. Esta, concluímos, seria de um bolo frutista cristalizado. Mas cumpriu o objectivo de nos unir em torno de algo novo. Mesmo que para o criticarmos e rirmos da tentativa falhada. Mais ou menos.

Este ano, fiz uma coisa diferente na manhã de Natal. Fiz questão de ouvir a benção "Urbi et orbi" de Sua Santidade, o Papa Francisco. Dou por mim a gostar dele. Talvez fossem mais assim e tivesse crescido bem mais católica do que sou. Praticante, entenda-se. O Papa Francisco fala como se fosse meu vizinho. Mas um vizinho bem mais sábio que eu e, como tal, modesto e sem pretensões, daqueles que gostamos de ouvir à lareira com as suas histórias. Com a sua vida. Foi a primeira vez que ouvi a benção e não apenas vi a imagem, o ritual. Do que foi partilhado (não afirmado, instituído, ditado ou doutrinado...) ficou-me uma frase: "Deixem o vosso coração comover-se!". 

E comovi-me. Porque foi em apelo de igual e não de superior. Porque foi o meu suposto vizinho que falou, embora que envergando umas vestes brancas e gerindo um poder e uma riqueza que não consigo medir.. Foi alguém não muito distante de mim, da minha realidade, que concluiu uma das suas histórias com esta frase... como se segurasse uma tenaz e fosse virar as brasas na fogueira. Porque, desta vez, senti o que ele disse. Porque, desta vez, o que ele disse fez-me sentir... e é isso que espero de um Papa: uma mensagem que me faça sentir, que me faça sentido.

Numa altura de balanços e promessas para um novo ano, este é melhor voto que vos posso deixar:

Em 2014, deixem o vosso coração comover-se!!! pode ser que faça a diferença...


Um abraço! E até para o ano!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Torneios 2013

Fazem parte da tradição, os nossos torneios. Chinquilho, que é como quem diz "a malha", sueca, ping-pong ou ténis de mesa, matraquilhos e snooker. O habitual. 

Com tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo - planear almoço, carregar mesas e bancos, loiças, comidas, acolher artistas, montar aparelhagem, manter os serviços habituais - às vezes tenho dúvidas que consigamos acabar os torneios a tempo. Mas também.... já vai sendo hábito disputar a final do chinquilho à 01h00 da manhã... ou adiar a final da sueca por já não haver luz suficiente no Complexo de Lazer da Foz Palheiros para a terminar... tudo temperos para boas histórias.



A entrega dos troféus foi feita, para variarmos um pouco, numa tarde ensolarada, no último dia do programa de festas. Juntámo-nos na Eira Nova para o café após o almoço, e distribuíram-se os troféus que, como se pode ver, continuam originais e bem evocativos da Roda Fundeira. E, claro, praxámos os "estrangeiros" presentes, caloiros nestas andanças, chamados ao serviço e que se destacaram no cumprimento do dever. Se há fotografias a tirar...onde está o fotógrafo? Quase que se pode ouvir: Óh Maariiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaa!!!!


Os prémios deste ano...  entregues pelo Presidente e Vice-presidente da Direcção, Rui Neves e João Silva, e pela Secretária da Assembleia geral, Cristina Coelho.


Sueca: 1ºs classificados: António Neves e Carlos Simões.
Carlos, entregou a telha ao Pisco?


Sueca: 2ºs classificados: Ataíde António e Jaime Claro



Chinquilho: 1ºs classificados: António Amaral e David Amaral
Quem??? Não pode ser... temos várias equipas campeãs cá na terra... foram mesmo eles? Pronto, então que venha a esposa/nora para alegrar mais a foto....




Chinquilho: 2ºs classificados: Jaime Claro e Rui Farlens
Jaime...nós sabemos... o Miguel não quis ficar na rua, não foi?...


Matraquilhos: 1ºs classificados: Rui Farlens e Tiago Farlens (um regresso ao fim de 6 anos!!!!)

Matraquilhos: 2ºs classificados: Paulo Maio e Hugo Lima
Esta equipa dá luta! O prémio chegou-lhes posteriormente...


Snooker: 1º classificado: David Amaral


Snooker: 2º classificado: Paulo Maio
O Paulo não estava, mas o prémio foi entregue!Como, aliás, também já vem sendo habitual...


Ping-Pong: 1º classificado: Hélio Cleto
Ó David.... até aqui??? O que fizeste ao Hélio?... Gostaste mesmo de tirar a foto...


Ping-Pong: 2º classificado: Pedro Coelho


 Já lá vai tempo em que tínhamos algo de que eu particularmente gostava, os torneios intercomissões. Fazíamos campeonatos quase a duplicar pois, ao torneio dito "normal", acrescentava-se a disputa entre equipas representantes das colectividades das aldeias vizinhas. Apimentado pelas respectivas rivalidades, estes costumavam ser renhidos e dar origem a desforras, com risos e troças, com despiques e abraços de bom desportivismo. 

Mas o que verdadeiramente conseguíamos com estes torneios era a troca de visitas entre aldeias, era criar a facilidade de voltarmos àquela terra em que já estivemos, onde já sabemos onde é o bar, ou o rio, ou onde já conhecemos 2 ou 3 caras que nos receberam bem. O que verdadeiramente conseguíamos era promover conversas entre os dirigentes associativos, trocando experiências de trabalho, planos ou sonhos, construindo valor para a região ao se planearem projectos comuns. O que verdadeiramente se conseguia, nunca perdendo a identidade da nossa aldeia, da camisola que temos de bem defender, era manter uma identidade da região, mais alargada, com maior conhecimento das terras, das gentes, dos viveres e potencialidades, que permitisse pensar de forma mais ampla em desenvolvimento necessário àquela zona. E isso... faz falta.

Até breve.

PS- Obrigada Maria Oliveira, pelas fotos que nos faltavam senão fosses tu!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

I Jogos de Água da Ribeira do Sinhel - 2013

Este ano demos início ao que esperamos se torne uma nova tradição - os Jogos de Água da Ribeira do Sinhel. Com a primeira edição, foi lançado o desafio aos concorrentes de se atirarem à àgua às 10h00 da manhã... claro que os Jurí de Prova deram o exemplo e, uma hora antes, estavam a testar a temperatura, a ajustar o termostato e a montar o equipamento necessário para os Jogos. Estava fresquinha... mas com um dia de 40ºC até sabe bem!

Como foi? Claro que havia um regulamento... mas ninguém leu... por isso foi preciso repetir instruções e fazer demonstrações, e garantir-lhes que eram capazes... juventude de pouca fé, que achava sempre tudo difícil!!!! Isto, claro, até soar o apito...



 








O nosso espectacular quadro electrónico, com a demo dos jogos e o registo das pontuações das equipas, ferramenta imprescindível!....



À tarde repetiram-se dois duas das provas, numa demonstração dos I Jogos de Água da Ribeira do Sinhel para os representantes da CM de Góis. O resultado foi elogiado no discurso da entrega dos prémios, ficando já no ar um convite/proposta de participação com uma equipa no próximo ano...




Os vencedores, numa luta renhida!




Mais um exemplo de tudo o que podemos fazer no Complexo de Lazer da Foz Palheiros. Na altura ainda estava assim, verdejante... daqui por um par de anos estará mais disfarçado o negro.... Mas a ribeira, clara, fresca e limpa, continua lá, ao serviço de toda a região, em lazer... e no combate aos fogos!



Completa mais uma peça que faltava na revista do ano de 2013....
Até breve!


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Festas de Verão 2013

É oficial, o Natal está a bater-nos à porta. E neste altura, por entre compras de última hora e planeamento de banquetes, há sempre um ou outro balanço que nos passa pelas ideias à velocidade de uma rabanada. O balanço do blog ficou parado nas festas de verão que ainda não foram publicadas, preteridas em relação ao incêndio que marcou este ano.

Ora, também é verdade que o melhor da vida são os momentos de felicidade que vamos colhendo aqui e além. E a Roda Fundeira e a Relva da Mó, as férias de verão e as festas são do melhor. Porque trabalhamos que nos fartamos, mas no final conseguimos fazer as obras que fazem sentido à nossa aldeia. E temos esse orgulho, esse de levantar os ombros e pensar num sorriso "eu também fiz". E esse também é um bom momento. 

Ficam as fotos das férias de Agosto de 2013. Com três meses de atraso, mas numa antevisão de novas festas que nos esperam (estamos na época delas!) e da amizade e alegria que pairou no ar daquela zona, mesmo depois das aflições. A vida é isso mesmo, não é?


A nossa grande estreia em 2013 - I Jogos de Água, no Complexo de Lazer da Foz Palheiros!!! As equipas fizeram bem por merecer os troféus, e aposto que tinham mais que muito apetite para o almoço convívio! Este ano até apetecia entrar na água às 09h00 da manhã para montar o equipamento necessário às provas - obrigada Bruno Tomás e Luís Sousa, os nossos Juízes de prova. 



O almocinho!!! Com 40ºC, não foi fácil...




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A mesa da Presidência, já num momento mais descontraído.


À tarde, fizemos uma demonstração dos I Jogos de Água da Ribeira do Sinhel para os representantes da Câmara Municipal de Góis e todos os convivas que não puderam estar de manhã. 




2º classificados dos I Jogos de Água da Ribeira do Sinhel - Os Bolo de Chocolate!


1º classificados dos  I Jogos de Água da Ribeira do Sinhel - Os Sem Nome! Esta equipa veio de Amioso para arrebatar os prémios... mas, para o ano há a desforra!


Complexo de Lazer da Foz Palheiros - uma obra sonhada ao longo de gerações, ponderada por algumas direcções da Comissão de Melhoramentos e que finalmente nasceu e está a dar provas de que valeu a pena arriscar, não só pelas nossas aldeias, Roda Fundeira e Relva da Mó, mas também pela região, que fica mais rica em locais de lazer saudáveis. Orgulhamo-nos da sua execução e a Comissão de Melhoramentos de Roda Fundeira agradeceu mais uma vez a todos os que, com a sua boa-vontade expressa em trabalho ou em donativos, têm ajudado a pagá-la. 

São todos bem-vindos desde que se comprometam a passar bons momentos...  




Agora para a galeria de clássicos... do "continuamos giros, pois é?",...



... à "cervejinha filosófica"...


...passando por "o trabalho, quando nasce, é para todos"...


...ao "o que os filhos nos fazem!" ou "adulto sofre"...


... sem esquecer "nas boas tradições não se mexe"...


... e sempre com "então o que é que vai ser?"...




Os "estrangeiros" também nos descobrem... desde os amigos que ouviram horas intermináveis de histórias da minha terra ou os motards da Concentração de Góis...





As férias são um tempo cansativo... desgastante... de decisões difíceis... por isso é tão importante termos cuidado com a alimentação e com o descanso para estarmos preparados para qualquer eventualidade. No dia 19 de Agosto juntámo-nos novamente para almoçar à beira-ribeira. 


Tivemos convidados menos desejados... pendurados pela cauda...

...gulosos a rapar o tacho, ou melhor, a caixa...



... Caipirinhas!!!! Que boas que elas estavam, as caipirinhas... e leves! Tão leves que era vê-las a subir...

Eram 21h30 quando tirámos esta foto para terminar o dia. Nem o Beto tinha vontade de ir jantar... (Beto, grande revelação do ano como Barman. Só te falta mesmo uma ou duas horas de Tom das Cruzes no "Cocktail" e a Ribeira do Sinhel é tua!)

Combinávamos fazer uma sunset party no final da semana, para celebrar o estarmos juntos no meio daquele verde incrível...
  


O dia seguinte começou com a nossa habitual ida a Góis, passar um dia diferente, mudar de ares. 5 minutos depois desta foto, recebemos um telefonema da Roda Fundeira a avisar do fogo. Todos os planos mudaram e foi o que já se viu noutros posts.


Quer dizer... todos os planos, não. Reunimos a vontade geral de continuar de férias e em festa e, no dia marcado, trocámos a sunset party por um almoço que começou às 13h00 com as entradas para os adultos....


... fizemos uma interrupção para falar com as técnicas do Gabinete de Acção Social da CMG que se deslocaram à aldeia para avaliar os danos do incêndio... a quem a população expôs vivências e as suas ideias sobre a necessidade de um plano e meios de prevenção em todas as aldeias para que as povoações não dependam unicamente do trabalho dos bombeiros que, por muito que queiram, nem sempre conseguem estar onde é preciso...



... e retomámos o almoço ao escurecer, finalmente com os grelhados e sangria...



No dia seguinte fomos ver a Mónica Sintra à Chã. Também faz parte da tradição, passarmos pela festa de Alvares e pela da Chã. Às Cortes vamos mais buscar pão e bolas, quentinhos e a horas impróprias a quem não vive por por estes lados. Nem que seja só por um mês por ano.


Ficou saldada a dívida do relato do mês de Agosto. Com o fresquinho que está lá fora... até soube bem uma pontinha de verão agora, não foi?

Até breve!